terça-feira, 7 de junho de 2011

É hoje o grande dia do intensivo do ENEM! Não perca!







O material já está pronto para as aulas que irão preparar os nossos alunos para o ENEM 2011.Os alunos estão curiosos e empolgados porque eles sabem que essa é uma grande oportunidade para se chegar até a Universidade. Nós também estamos contentes porque sabemos que esse trabalho pode garantir um futuro profissional seguro para todos eles.Portanto,a partir de hoje estaremos propondo desafios através de questões de simulados atualisados com o novo ENEM; e ao final de cada semana estaremos postando o gabarito das questões. O aluno também receberá um kit contendo um caderno personalizado,uma caneta,um lápis,uma borracha e uma apostila de cada disciplina que ele irá estudar. Não é um máximo!!!Então aproveite e responda as questões que estaremos propondo duas vezes por semana. Aí vai a primeira:


O apanhador de desperdícios


O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras

fatigadas de informar.

Dou mais respeito

às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo.

Entendo bem o sotaque das águas

Dou respeito às coisas desimportantes

e aos seres desimportantes.

Prezo insetos mais que aviões.

Prezo a velocidade

das tartarugas mais que a dos mísseis.

Tenho em mim um atraso de nascença.

Eu fui aparelhado

para gostar de passarinhos.

Tenho abundância de ser feliz por isso.

Meu quintal é maior do que o mundo.

Sou um apanhador de desperdícios:

Amo os restos

como as boas moscas.

Queria que a minha voz tivesse um formato

de canto.

Porque eu não sou da informática:

eu sou da invencionática.

Só uso a palavra para compor meus silêncios.


BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa.

Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.



É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de

menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é

expressa por meio da linguagem


(A) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade.

(B) rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno.

(C) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.

(D) simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu-lírico poeta.

(E) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação

digital.








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